A Evolução da Psicologia: Behaviorismo vs. Gestalt
Nos anos 50, a psicologia estava sob a sombra do behaviorismo, uma escola de pensamento que se concentrou em explicar comportamentos observáveis. Embora tenha tido sucesso em muitos aspectos, alguns estudiosos a consideraram redutiva. Foi nesse cenário que a escola da Gestalt emergiu para preservar o interesse na consciência.
Gestalt - um termo alemão difícil de traduzir, mas que se aproxima de "forma" ou "configuração" - foi pioneira em estudos de percepção e sensação. Eles exploraram como percebemos estímulos e questionaram a abordagem behaviorista de causa e efeito estrito.
A Gestalt argumentava que o comportamento deveria ser estudado de forma mais holística, considerando o contexto e como percebemos estímulos. A teoria do isomorfismo, que sugere que a parte está sempre relacionada ao todo, era central para a Gestalt.
Para a Gestalt, a aprendizagem envolvia a relação entre o todo e a parte, em oposição ao associacionismo e ao behaviorismo, que enfocavam relações simples para complexas.
Sete Fundamentos Básicos da Gestalt:
Segregação: Diferenças nos estímulos.
Semelhança: Elementos semelhantes se agrupam.
Unidade: Um elemento pode se fechar nele mesmo, ou vários elementos podem formar um todo.
Proximidade: Elementos próximos se agrupam.
Pregnância: A lei básica da percepção da Gestalt.
Simplicidade: Busca por harmonia visual.
Fechamento: Preenchimento de formas interrompidas.
A Psicologia da Gestalt se concentrou em percepção, aprendizado e solução de problemas. Mais tarde, Frederick Perls ampliou essa visão, criando a Gestalt-terapia, enfatizando a conscientização do "aqui e agora", a percepção emocional e corporal e a responsabilidade pessoal.
Portanto, enquanto o behaviorismo se preocupava com comportamentos observáveis, a Gestalt nos lembrava que a experiência humana é muito mais complexa. A psicologia evoluiu ao abraçar essa diversidade.